Assunção de Maria

REFLETINDO SOBRE A ASSUNÇÃO DE MARIA SANTISSIMA
Neste dia em que Maria Santíssima, mãe de Jesus e nossa, foi elevada ao Céu, alma e corpo, façamos uma pequena reflexão sobre três verdades fundamentais de nossa fé .

  • A primeira nos é sugerida pela oração da Missa do dia: “Pai, que elevaste à glória do céu, em corpo e alma, a imaculada virgem Maria, dai-nos viver atentos às coisas do alto, a fim de participarmos da sua glória”. Isso nos recorda que Deus, por ser o Amor (cf 1Jo 4, 8,16) criou-nos, à semelhança dele, para amar. Quer dizer, colocou-nos nesta terra, por um tempo, para uma prova (ou, se quiserem, para um vestibular) de amor. Se passarmos nessa prova, com a morte, teremos a felicidade (a glória) eterna de Deus, sentindo o seu Amor infinito. Devemos, pois, fazer de nossa vida uma existência de Amor, desde quando nos levantamos até quando nos deitamos, deste quando nos deitamos até quando nos levantamos, seja nos pensamentos, nas atitudes, ações, alegrias e sofrimentos.
    Amar a quem ? A Deus, amando os seus filhos, bons e maus; até os nossos inimigos. Lembremos o único mandamento que Jesus nos deixou: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” ( Jo 15,12). São João nos diz: ‘Se alguém dizer “Amo a Deus”, mas odeia o seu irmão, é um mentiroso: pois, ninguém ama de verdade a Deus – que não vê que não toca…que não precisa de nós, se não ama o se irmão, o seu semelhante, seja quem for.” (cf 1Jo 4,20) Perguntemo-nos: “Eu vivo amando”? No fim da vida será que conseguirei ser promovido para a felicidade eterna do Amor do Pai, amando assim como amei até hoje, ou devo amar melhor e mais? “Amar a Deus, servindo os outros é “viver atento às coisas do alto”.
  • A segunda: a nossa existência não termina nesta vida com a morte, continua eternamente. Com a morte o nosso espírito será logo julgado. Mas, no fim dos tempos, também o nosso corpo ressuscitará e se reunirá ao nosso espírito (Inteligência e vontade), para ser com ele eternamente feliz ou infeliz. Jesus, tantas vezes, nos repete que nos ressuscitará no último dia. Ele, com a sua ressurreição, abriu as portas da eternidade também para o nosso corpo. O seu foi o primeiro, o de Maria o segundo. Ainda somente estes dois corpos ressuscitaram. São Paulo também, numa carta aos Coríntios, nos diz: “Quando este ser (o nosso corpo) corruptível, pela vitória (ressurreição) de Jesus estiver vestido de incorruptibilidade e este ser mortal estiver vestido de imortalidade, então estará cumprida a palavra da Escritura: O morte onde está a tua vitória”?(1 Cor 15, 54-55). Vivamos esta breve existência terrena para a eternidade!
    *A terceira: Maria foi concebida imaculada, isto é, sem pecado original, o que significa que desde o primeiro instante de sua existência esteve unida a Deus. Isso em vista da morte e ressurreição de Jesus. Também nós fomos unidos a Deus em Jesus no dia do nosso Batismo. Estarmos unidos a Deus em Jesus significa sermos membros de Jesus, tendo a vida dele (divina) em nós. Se somos membros vivos de Jesus, a nossa presença, hoje, no mundo é a dele.
    Estamos fazendo-o viver em nós? Maria fazia viver Jesus nela. O seu pensamento, as suas atitudes, as suas ações eram todas inspirada por ele. Continuamos, especialmente, a missão de Jesus que é Evangelizar, levá-lo aos outros, levar os outros a ele, com o testemunho da nossa maneira de ser e agir e com a nossas palavras? Somos a presença, a visibilidade dele? Quem nos vê, nos ouve, olha para as nossas atitudes e ações, sente em nós a presença de Jesus? Quem via Maria via Jesus. Amem!!!
    Pe. Antonio Caliciotti
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